#SOSFloripa – Diga NÃO à Marina na Beira-Mar Norte!

Tecendo Redes convoca uma manifestação, na terça-feira, 22/04, a partir de 14h, em frente à Justiça Federal, durante audiência com o juiz Marcelo Krás Borges e a Prefeitura de Florianópolis.

A gestão municipal quer “destravar” o projeto de Parque Urbano e Marina, que:
⚠️ Prevê construção de Marina com 500 vagas, sendo apenas 30 públicas (6%)!
⚠️ Aumenta ainda mais o caos no trânsito
⚠️ Ameaça ecossistemas sensíveis e compromete o equilíbrio ambiental das baías
⚠️ Prejudica diretamente a pesca artesanal e comunidades tradicionais da região

O prefeito Topázio (PSD) já afirmou que vai acionar o governador Jorginho (PL) para acelerar o processo junto ao IMA.
Depende de nós, a pressão popular!

📍 Local: Justiça Federal – Rua Paschoal Apóstolo Pítsica, 4810 – Agronômica
📆 Data: Terça, 22 de abril
🕒 Hora: 14h

Florianópolis precisa de planejamento náutico público e democrático — não de um megaempreendimento elitista imposto à cidade!

💚 Venha defender as nossas baías e a pesca artesanal! Nossa cidade não está à venda!


Para conhecer mais, Veja no site do Movimento Ponta do Coral 100% Pública, publicações que destacam os impactos que esta Marina causaria, bem como o histórico de mobilizações contra ela.

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Mobilize-se contra o Plano de Privatização do Turismo em Floripa

Na véspera do aniversário de Florianópolis, durante a Maratona Cultural, estivemos nas ruas do centro de Florianópolis denunciando o plano do prefeito Topázio de privatizar 100 atrativos turísticos da cidade. Isso faz parte de um Plano de Desenvolvimento Turístico elaborado a portas fechadas entre o SEBRAE, empresas de turismo e a Prefeitura Municipal de Florianópolis, sem qualquer tipo de participação popular.

Em reação à nossa mobilização, alguns dias depois, o prefeito concedeu entrevista à mídia local, confirmando a elaboração do Plano de Desenvolvimento Turístico e anunciando que sua implementação deve acontecer no segundo semestre de 2025.

Agora, na última quarta-feira (09/04), a prefeitura lançou a nova marca turística da cidade, que está atrelada ao tal Plano de Turismo, já com indicação de 57 ações a serem implementadas nos atrativos turísticos de Florianópolis. 

Embora o prefeito Topázio e as reportagens acima argumentem que a concessão dos espaços para a exploração econômica por empresas privadas não signifique privatização, nós sabemos o que essas concessões significam na prática. 

Exploração econômica é a exploração dos espaços públicos para geração de lucro por grandes empresas privadas, em detrimento dos pequenos comércios familiares locais, artistas locais de diferentes origens, etc. Quando o foco está em otimizar o lucro a partir dessa exploração, o interesse privado de grupos desvinculados à cidade e às comunidades locais se sobrepõe ao interesse público coletivo, e quem é mais impactado são as famílias (em especial de média e baixa renda) e a natureza.

O prefeito deu um exemplo aparentemente muito inocente de um café no mirante do Morro da Cruz, mas é só mudarmos um pouco o contexto e a escala para de repente surgirem beach clubes na Lagoinha do Leste ou a cobrança de estacionamento nos parques municipais viralizar de vez (como já acontece na Lagoa do Peri). 

Afinal, como uma empresa lucra com a concessão de uma trilha, por exemplo? De duas uma, ou será cobrada entrada – seja na trilha ou no estacionamento – ou será construída infraestrutura de café, restaurante ou loja. Qual será o impacto ambiental dessas estruturas? Para onde vai o lixo e esgoto gerado? Qual é a capacidade de suporte desses locais? Nós precisamos dessas estruturas? Nós visitamos esses locais para consumir ou para estar em contato com suas belezas naturais? Para quem o turismo de Florianópolis está sendo planejado?

Existem diversos locais em Florianópolis onde as comunidades que vivem na área já prestam serviços turísticos – como o transporte de barco, aluguel de caiaques/pranchas, venda de alimentos e de artesanatos, etc. Para onde vão essas pessoas, quando forem proibidas de realizar esses serviços? Serão substituídas por empresas sem compromisso socioambiental e nem vínculo com a região – os barqueiros (que são, na verdade, pescadores), por exemplo, perderão sua fonte de renda, que antes era a pesca e se transformou no transporte turístico; OU precisarão trabalhar como funcionários para as empresas que ganharem as concessões (se houver licitação, né?!).

E fiquem atentas, porque o Plano de Turismo do prefeito Topázio anda lado a lado com o projeto de “naming rights” (PL 169/2024), que nada mais é que um projeto para que empresas privadas deem seu nome para locais, eventos, praias e etc. Ou seja, a praia da Galheta pode ser rebatizada como praia da Havan, e por aí vai. 

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Muita gente vem nos perguntando como pode ajudar na mobilização contra esse e outros projetos da prefeitura que atendem aos interesses de uma elite endinheirada e refletem um modelo de cidade defasado, devastador e segregador. 

Nas ruas, conversando com as pessoas, temos certeza de que somos maioria. 

Como fazer nossa vontade prevalecer?

Assine e compartilhe o abaixo-assinado: https://abre.ai/mzJj

– Manifeste-se denunciando para amigues, familiares e pessoas conhecidas o que está acontecendo

– Comente nas redes sociais do prefeito Topázio e da Prefeitura de Florianópolis, exemplo: @prefflorianopolis, @topaziofloripa, @floram.pmf, @fundacaofranklincascaes, @seturfloripa.

– Conheça os movimentos do seu bairro e região e considere se mobilizar

– Organize-se com amigues e vizinhes caso ainda não exista um grupo de pessoas engajadas na luta socioambiental no seu bairro

Que eu me organizando posso desorganizar

A história dos movimentos socioambientais de Florianópolis está repleta de lutas persistentes e vitoriosas! Parque da Luz, Ponta do Sambaqui, Ponta do Coral são apenas alguns exemplos de espaços públicos na nossa cidade que só permaneceram públicos sem prédios, hotéis ou marinas graças à luta comunitária. Outros exemplos recentes são o embargo do Condomínio Brisas da Ilha no Córrego Grande e do Hotel Vistas Sambaqui na praia do Toló, no bairro Sambaqui.

A luta vale a pena, sempre. 

Bora lutar por uma cidade para o povo e pelo povo, com respeito à natureza!

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NA MARÉ DA RESISTÊNCIA, SAMBAQUI BRILHOU!

Comunidade se reúne para foto coletiva, em frente a entrada do começo da obra de um pretenso hotel, que foi embargada, esta semana, por estar ilegal

Texto Nildão Freire, em seu instagram.
Fotos por Tecendo Redes.

O ato deste sábado, na Praia do Toló, foi um abraço coletivo em forma de canto, dança, cor e coragem. Uma tarde viva, cheia de energia, com a força de uma comunidade que não esquece sua história – e que sabe muito bem resistir com arte e afeto.

Vídeo do ato, fonte instagram de Nildão


A mesa de partilha reuniu sabores, sorrisos e generosidade. As rendeiras marcaram presença com sua delicadeza firme, junto das mulheres do grupo Olaria de pau-de-fita da ABS, que dançaram a ratoeira e transformaram o chão em poesia.


As placas, cartazes e palavras desenhadas na areia diziam tudo: S.O.S. Sambaqui e Praia do Toló! Uma luta viva, antiga e atual. A mesma garra da velha guarda que conquistou a Ponta de Sambaqui como parque público estava ali, pulsando.


Famílias do bairro e apoiadores de outras regiões, como Ivânio, da Praia do Forte, vieram somar.
A alma do bairro cantou com Rey, Nilêra Conceição, Carlinhos Cunha, Laudelino, Elias Andrade (Índio) e tantos outros das nossas tradições. A presença solidária de Claudinha Barbosa e Alison Mota também aqueceu nossos corações.

comunidade atenta as falas
O ato contou com música ao vivo


As mulheres do grupo Leitura de Sambaqui encantaram com suas poesias. Alaíde, com seu canto, iluminou ainda mais a tarde.


Parabéns à Associação do Bairro de Sambaqui (ABS), através de Ricardo, Doris, Ione e diretoria, por aglutinar essa força. E reconhecimento especial aos moradores da Praia do Toló e da Ponta, que iniciaram essa mobilização – e a todos que vieram somar presença e voz.


E que se saiba: a luta só começou.
As irregularidades devem ser revistas. As intervenções ilegais em áreas de preservação precisam ser removidas. A vegetação nativa, recomposta.
É urgente delimitar a área de amortização entre encostas e APP – proteger, recuperar, respeitar.

faixa na frente da entrada da obra ilegal



A comunidade exige transparência total nos licenciamentos. O que será construído, onde, com base em que critérios? Só se aceita o que for legal e claro pra todo mundo.

placa com os responsáveis pela obra



Quando Sambaqui se levanta, é maré cheia. É ancestralidade em movimento.

Foto coletiva ao coro de “não vai ter hotel”


@nildaofreire | 13 abril 2025


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