Relato do Ato Popular, na 1ª Audiência do Plano Diretor de Floripa, na Câmara de Vereadores

Cartazes da manifestação

Nesta segunda, dia 13 de fevereiro, durante a primeira audiência pública do Plano Diretor (PD), na Câmara de Vereadores, pedindo por real participação popular, no lado de fora, manifestantes, portando faixas e cartazes, denunciaram ao povo os impactos negativos deste PD, proposto pela Prefeitura, na vida das pessoas e no meio ambiente da cidade.

Cartazes com demandas para o Plano Diretor

Cartazes pediam por saneamento básico, equipamentos públicos, moradia pra todos, mobilidade urbana e preservação do meio ambiente. Placas com os nomes dos vereadores da base do governo indagavam se a cidade que querem é o triste retrato de Florianópolis, com as praias cheias de cocô, como estamos vendo, neste verão. 

No lado de dentro da câmara, as falas da população, dos movimentos populares e dos vereadores da oposição eram de denúncia, contestando a realização de 4 audiências na semana do carnaval, em um espaço limitado e longe dos bairros,além de serem nos mesmos dias e horários das Oficinas de Manejo das Unidades de Conservação (UC’s), promovidas pela PMF.

Em uma fala inicial, o presidente da Comissão de Viação e Obras Públicas, Jefferson Backer, assumiu que nem mesmo havia lido o documento da proposta (PLC 1911/22) da Prefeitura. Em sua fala, o professor/arquiteto Lino Peres teve apenas 10 minutos para apresentar a proposta popular (mais de 300 páginas) para este PD, elaborada de forma comunitária, ao longo de 3 meses de trabalho.

Fala de Lino Peres, apresentando a Proposta Popular

Ao longo da semana, acontecem mais 3 audiências, uma por dia. O Coletivo Tecendo Redes e o Fórum da Cidade decidiram não participar destas outras, pois entenderam que não são legítimas. Sem debates, com espaço somente pro povo se manifestar, vimos que não há um verdadeiro interesse, por parte da maioria dos poderes públicos, aos nossos apelos, necessidades, desejos, sugestões. 

Fala de Angela Maria, do Comitê Popular de Resistência do Rio Vermelho

No dia 13 de março, está marcada a última audiência pública pra aprovarem este Plano. Precisamos nos mobilizar para que esse cronograma seja revisto e exigirmos nossa real participação na construção dele!

Nada sobre nós sem nós!

Exigimos real participação popular no planejamento e gestão da cidade!

A audiência pode ser assistida na integra através do canal da TV Câmara:

Participe da discussão

3 comentários

  1. Mais patético, mais triste, mais sarcástico diante da democracia participativa, IMPOSSÍVEL !!! Quarenta pessoas sentadas atrás de um vidro ‘blindado’, além das poltronas (fofinhas) do plenário da “nobre casa do povo” contando com representantes da lumpenburguesia local, burocratas de vários matizes e oito vereadore(a)s. O cenário é um deboche à democracia participativa, tudo ao contrário do que se deveria fazer para cumprir (ao menos) o Estatuto da Cidade. Por outro lado, a estratégia de ‘apelo ao judiciário’ para barrar esse picaresco espetáculo (cena do Mirage Circus) malogrou rotundamente, pois o mandado de segurança impetrado na véspera para impedir a realização dessa patifaria foi negado, a exemplo de momentos anteriores quando a PMF conseguiu inclusive o seu melhor ‘golaço’ de todo este campeonato: firmar um Termo de Ajuste de Conduta – TAC, que lhe garantiu a imagem de ‘legitimidade’ do processo, ao realizar as 14 audiências públicas no ano passado. Parece que a lição não foi aprendida. Os discursos foram ‘adocicados’, sequer citando a Mesa Diretora como a determinadora dessa patifaria legislativa, falas mui “comportadas” que as quatro paredes abserveram de forma indolor… E a ‘bancadinha da esquerda’: Afrânio Poppré, Tânia Ramos, Cintia Mendonça e Carla Ayres, o que está esperando para assumir e protocolar o ‘substitutivo global’ que lhes foi ofertado “de bandeja” pelo movimento popular crítico à PMF, em reunião realizada no dia 10/02/23 ?
    Gert Schinke

  2. Fico me perguntando o motivo da demora em nossa “bancada popular” em protocolar o substitutivo global, elaborado pelo movimento popular. O cronograma totalmente desfavorável ao movimento popular que foi aprovado na câmara exige agilidade por parte dos parlamentares. Estamos perdendo um tempo precioso, muito bem aproveitado pela bancada do concreto e seus asseclas na Câmara.

    No mais, esta “morna rebeldia” contra este Plano Diretor mafioso, entristece demais. Temos que superar a indignação de palco e organizar as forças populares para fazer frente a estes canalhas. Esta confiança cega nas instituições e na justiça burguesa não tem nos levado a lugar algum.

  3. Que lindo, muito bom verdadeiro e atual.Parabens pela avaliação.

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