
Maciço do Morro da Cruz, Lagoinha do Leste e Lagoa do Peri. O que esses lugares têm a ver com a sua qualidade de vida?
Você já visitou, por exemplo, o Morro da Coroa, na Lagoinha do Leste?
Ele é protegido pelo Parque Natural Municipal da Lagoinha do Leste, que é uma Unidade de Conservação (UC), e estas são áreas protegidas por lei, com o objetivo maior de proteger os ambientes naturais e seus serviços ecossistêmicos. Em Florianópolis, existe um total de 10 UC’s.
E o que são os serviços ecossistêmicos?
São os benefícios que esses ambientes naturais nos oferecem, se estiverem preservados. Por exemplo:
- Água para beber
- Ar puro para respirar
- Espaço preservado para praticar caminhadas, surfar, andar de caiaque, brincar com a família…
- Praticar sua cultura, como a pesca, pois ela depende de mares saudáveis
- Equilíbrio térmico
- Proteção das encostas contra deslizamentos
- Absorção da água das chuvas, fundamental na prevenção de enchentes e alagamentos
- Fonte de alimentos
- Fonte de remédios naturais
E, assim por diante. Mas por que estamos trazendo esse tema?
Porque a Cidade está à venda!
Após vender a cidade para a especulação imobiliária, na revisão do Plano Diretor, a gestão Topázio (2025) está anunciando a privatização de 100 “atrativos” turísticos de Floripa e já disse que um deles será o Parque Natural Municipal do Maciço do Morro da Cruz.
A proposta municipal é passar a concessão de várias áreas e serviços turísticos para a iniciativa privada. Vejam os problemas de privatizar nossos bens comuns:
1 – Segundo a Constituição Federal, cabe ao Estado proteger o meio ambiente e oferecer uma sadia qualidade de vida a todas as pessoas!
2 – Com a privatização, o foco desses espaços, sejam trilhas, lagoas, parques, mirantes e outros, será somente gerar LUCRO! Em vez da preservação, o foco será a exploração da natureza e dos espaços públicos da cidade.
3 – A concessão dos serviços e espaços turísticos à iniciativa privada vai levar, também, à exclusão das comunidades locais, que já atuam na operação de serviços turísticos nessa áreas (transporte de barco, aluguel de caiaque, pranchas, vendedores de alimento, artesanatos, etc.). Essas comunidades serão substituídas por empresas que não possuem compromisso algum com o desenvolvimento socioeconômico das famílias locais e, muito menos, com a conservação do meio ambiente.
4 – A privatização exclui, também, uma boa parte da população da cidade, que utiliza esses espaços para lazer e vai ter seu acesso e usufruto dificultado por medidas como cobrança de entrada, estacionamento e encarecimento dos serviços em geral. Um bom exemplo é a cobrança do estacionamento, na Lagoa do Peri. E isso é só o começo. O que vem depois?!
Como assim, ESPAÇOS PÚBLICOS gerando lucro para iniciativa privada? Eles não deveriam ser de livre acesso para todas as pessoas?
Sim! Mas, com a desculpa de que não tem condições de gerir essas áreas, a Prefeitura Municipal de Florianópolis quer conceder a gestão deles. Sabe aquelas empresas amigas e parceiras de campanha eleitoral?! Então, elas iriam operar e ficar com o lucro – um lucro que poderia ficar com a própria prefeitura, caso a gestão dos espaços fosse feita por ela, sendo reinvestido em serviços para a população e preservação do meio ambiente. O maior argumento da prefeitura é que vamos ter um bom serviço turístico com “custo zero” para o município. Mas os nossos impostos não são justamente para isso, para a gestão dos serviços públicos? Vamos pagar duas vezes? Uma, nos impostos, e, outra, no ingresso a estes lugares?
A mesma coisa está acontecendo em outros lugares Brasil afora, com a”gourmetização” e encarecimento dos serviços, que, muitas vezes, tornam-se inacessíveis às pessoas de baixo poder aquisitivo.
Nos Parques Nacionais de Aparados da Serra (RS) e Serra Geral (entre Praia Grande, SC, e Cambará do Sul, RS), isso ocorreu recentemente. A gestão foi concedida a uma grande empresa que opera a visitação e é responsável pelos serviços oferecidos dentro dos parques.
O que ocorreu nos Parques Nacionais de Aparados da Serra e Serra Geral?
O valor para visitar o parque é de mais de 100 reais por pessoa, além da cobrança do estacionamento. Agora, tem lanchonetes e lojas de souvenirs, com altos preços, sem oferecer e garantir que as comunidades e cultura local sejam valorizadas nessa oferta de alimentos e artesanatos.
Quem ganha com este tipo de Turismo?
“Custo zero” para quem?
Vamos nos manifestar!
Conforme divulgado na mídia no mês passado, o Plano de Desenvolvimento do Turismo será apresentado no aniversário de Florianópolis, dia 23 de março. Será um verdadeiro “presente de grego” para a cidade e todos os seres vivos que a habitam.
Nas vésperas, dia 22, no sábado, estaremos na Maratona Cultural denunciando as intenções dessa gestão para as pessoas, em geral, e, também, para as coletividades engajadas na luta pela preservação ambiental e direito à cidade.
Precisamos de um “Plano de Desenvolvimento Turístico” construído com amplo debate entre a população, objetivando a preservação dos nossos espaços públicos e a natureza de Floripa, beneficiando as comunidades locais que vivem e usufruem deles, com PRESERVAÇÃO E INCLUSÃO!
Juntem-se a nós nessa mobilização!
Tecendo Redes– Articulação de coletivos socioambientais de Florianópolis
Que absurdo!!! Tem que haver mobilização popular!!!
Quando pessoas que priorizam o capital tomam conta da administração pública só se pode esperar isso mesmo.
Imbecis são os que votam em gente dessa laia.
E o povo caminhando pelas ruas d cidade…destrizadas c buracos…tmb frente a Prefeitura d Conselheiro Mafra…Sul d Ilha Armacão,cheias d buracos! Pessoas idosas não podem caminhar…..
Sugiro que se faça um abaixo assinado a partir desse documento que vcs escreveram. Quê acham?
Se vcs fizerem, tenho muitos grupos para divulgar…
Claro que a Prefeitura não tem verba sobrando: está endividada até o gargalo! A privatização das UC’s é a exclusão total dos pobres. Veja o “passeio” até a ilha do Campeche: Custa uma fortuna! Uma vez fui com a família toda e, adivinha: A trilha pras inscrições ruprestes estava fechada e nada nos disseram. Perdemos a viagem.
VAMOS A LUTA, BATALHA MESMO .
VAMOS ARTICULAR GRUPOS
ACIONA- LOS EM DEFEZA….
CADA UM DE NÓS DO GRUPO DA *KERECHU* FORMAR UM GRUPO/ ONDE ESTÁ A POSIÇÃO DO NOSSO DEP.EST.MARQUITO????
ENTREI EM CONTATO C/ ELE, ELE NÃO AGENDOU COMIGO AINDA UM ENCONTRO..SE ATÉ.SEGUNDA …NÃO MARCAR, VOU EU A LUTA….***
Dale Daleeee!
Á BATALHA!!!
TEM JÁ DATA MARCADA PARA A LUTA….???
VAMOS REEINVIDICAR OS DIREITOS HUMANOS, DA NATUREZA !!!
BORAAAAAA!!!!
Temos q defender o espaço público en Florianopolis. As decisões sobre a cidade nao podem ficar a mercê de interesses restritos e a participacao popular sobre as questões urbanas estão garantidas no Estatuto da Cidade!
Unir forças
Kerexu. Lider P.O.+
Afrânio Vereador Floripa
Marquito Dep.Est.
Grupos de Apoio
Lideranças sss
Movimentossss
O sucesso está no equilíbrio! É fácil ser contrário a tudo e a todos. O difícil é construir uma proposta com diálogo. Já fui na Lagoinha do Leste, área de acesso a todos. Lá vi dezenas de pessoas acampando sem nenhum cuidado ecológico, achando que suas fezes e dejetos adubam o solo !. Unidades de preservação sendo bem cuidadas é bom para todos. A discussão é como fazer um processo que não exclua as pessoas, seja pela acessibilidade seja pela limitação financeira. Temos representantes na Câmara Municipal e Assembleia Legislativa que são capazes de formular um bom projeto. Precisamos ouvir a sociedade e de diálogo.
É mais que urgente que nos mobilizarmos para barrar mais essa ação de destruição de nossa ilha.
É uma forma de tornar o Turismo agradável assecivel e com todos atendimentos: alimentação e infraestrutura principais com acesso à banheiros e água.
Um verdadeiro crime!!!!! Logo, logo alguma empresa abre para um condomínio privado. Não sou contra os condomínios, mas não em áreas públicas.
Isso acontece em todo o mundo civilizado onde a iniciativa privada explora esses lugares turísticos já que o poder público não tem pessoal, equipamentos, e dinheiro para oferecer um bom serviço à comunidade. Eu sou a favor do desenvolvimento econômico e turístico com responsabilidade sob a assistência de um órgão publico. Florianópolis tem sido reconhecido internacionalmente por suas belezas naturais porém pouco oferece em termos de desenvolvimento turístico adequado para receber turistas do mundo todo. Há que se repensar algumas ideias ultrapassadas.
Privatização está entre as principais causas do aumento da desigualdade social. Pesquisem que verão vários exemplos de sucateamentos Brasil a fora…
Já temos poucos espaços públicos para laser, ao invés de investir e melhorar, a prefeitura se vende, vão acabar com tudo, como aqui no sul da ilha que o novo plano diretor permitiu 6 andares!! Tudo por dinheiro!!
O Estado não cuida de nada, nunca cuidou, só serve para cabide emprego. Apoio à concessão de áreas.
Que triste. A cidade toda num leilão.
Balneário Camboriú é o exemplo da exclusão do povo local empurrando-os para o outro lado da BR101 (Camboriu). Compraram suas casas, elevaram o custo de vida, privatizaram todos os acessos ao laser público até impedirem que os mais pobres não pudessem usufruir das benesses de Balneário, apenas servir aos ricos!! Privatização de areas de conservação está fora da Constituição!!!
Absurdo o que estão fazendo com esta cidade. E o povo elegeu esta coisa.
As pessoas que gostam da natureza deveriam se mobilizar para fazer serviços voluntários nessas UCS e Parques. Temos: a Floram, IMA, Icmbio…porque não tem pessoas suficientes pra trabalhar na conservação, fiscalização e preservação desses espaços que são públicos.