Nota originalmente publicada no instagram da Associação de Servidores da Carreira de Especialistas em Meio Ambiente do Ibama e ICMBio em SC, no dia 04/04/25.

Qual o problema?
Primeiramente é dever do Estado proteger o meio ambiente e oferecer uma sadia qualidade de vida à todas as pessoas. A questão é que com a concessão o foco destes espaços pode deixar de ser conservação e ser priorizado a exploração dos atrativos, focando apenas no lucro.
O ICMBio tem uma série de experiências nesses formatos, algumas positivas, outras que não deram certo. Justamente por isso, vale ter atenção aos contratos e como irão ocorrer essas concessões. Será que se buscará manter o envolvimento das comunidades locais, que atuam na oferta de serviços turísticos, garantindo a manutenção da cultura e valorização econômica e social das famílias que vivem no entorno dessas unidades de conservação? São aprendizados que temos colhido ao longo desses anos.
A concessão dos serviços pode restringir o acesso de boa parte da população que utiliza esses espaços para lazer.
O exemplo dos Parques Nacionais: Aparados da Serra (RS) e Serra Geral (RS e SC) é um dos que tem nos feito refletir sobre como se dão essas concessões. O preço para entrada, alimentação e estacionamento ficou inacessível e não há garantias que as comunidades e cultura local fossem valorizadas na oferta de guiagem, alimentação e artesanato, por exemplo.
Por isso defendemos cada vez mais que os “Planos de desenvolvimento Turístico” sejam construídos priorizando a conservação, a inclusão social e a participação popular.
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