
Como parte da mobilização nacional contra o Projeto de Lei da Devastação (2.159/2021), uma manifestação ocorreu em Curitiba neste domingo, 1º de junho de 2025.

O ato teve sua concentração às 9h nas Ruínas de São Francisco, no Largo da Ordem. O sol aquecia a manhã típica de outono, enquanto os participantes se aprochegavam aos poucos, entoando cantos e trazendo materiais.

No gramado, materiais estavam disponíveis para a coletividade exercer sua indignação e criatividade na elaboração de cartazes. Podiam ser vistas mensagens críticas ao projeto de lei da devastação, denúncias contra a voracidade do agronegócio, um dos principais responsáveis e interessados na extinção do licenciamento ambiental, e também críticas ao sistema capitalista, e às elites que se beneficiam dele.




Por volta das 11h, no palco das Ruínas, integrantes dos coletivos organizadores fizeram falas contundentes denunciando os retrocessos ambientais previstos na nova legislação, e os ataques aos territórios indígenas e de povos tradicionais. Houve chamados para pressionar o Congresso a barrar o projeto e, se necessário, para que o presidente Lula vete seus pontos mais graves. Também foram feitas críticas à exploração de petróleo na Margem Equatorial da Amazônia, proposta pela Petrobras e o governo federal.


Além das pautas nacionais, também houve espaço para denunciar questões ambientais locais, como os planos da Prefeitura de Curitiba de remover centenas de árvores nas proximidades da Avenida Arthur Bernardes e também na Avenida Victor Ferreira do Amaral. Essas ações têm gerado forte resistência popular desde 2024. Outro fato lembrado foi a autorização do Ibama para derrubada de corredor de Mata Atlântica para expansão de aterro sanitário, na região metropolitana.
O encerramento nas Ruínas contou com um jogral em defesa da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, recentemente atacada por senadores — ataques associados à tramitação do PL da Devastação e à pauta do petróleo na Amazônia.


Com o coro de “Devastação, não!”, o ato seguiu em caminhada pelas ruas, passando pela feira, onde panfletos foram distribuídos à população.


O encerramento se deu às 12h30, em frente à fonte popularmente conhecida como Cavalo Babão, com novas falas e manifestações de solidariedade à resistência do povo palestino, que sofre genocídio em Gaza, reafirmando que “não há futuro em terra devastada.”

Para mais informações sobre as mobilizações em Curitiba, siga o Coletivo Ekoa, que foi um dos organizadores do ato.
Por um correspondente Tecendo Redes em Curitiba
Um largo sorriso
Explode ao sol da manhã;
A orquídea floriu.Neide Rocha Portugal