Visitação de escolas no Goj Ta Sá fortalece a cultura indígena em Florianópolis

Release fornecido pela Assessoria de Imprensa Ecomonja Comunica 

As atividades foram construídas para articular educação, cultura, espiritualidade e sustentabilidade, a partir da vivência prática junto ao conhecimento ancestral dos povos originários. 

A Casa de Passagem Indígena e Ponto de Cultura Goj Ta Sá, no Saco dos Limões, recebeu na manhã desta quinta-feira (25) a visita dos primeiros grupos escolares que integram as atividades do projeto Fomento à Cultura Ancestral em Florianópolis. A programação contou com atividades culturais, rodas de conversa, mutirão na roça, práticas agroecológicas e momentos de partilha da alimentação tradicional Kaingang.

O grupo foi composto por 39 estudantes, sendo uma turma do 1º ano da Escola de Ensino Médio Vereador Oscar Manoel da Conceição (Rio Tavares), uma turma do Núcleo de Desenvolvimento Infantil – NDI/UFSC (Trindade) e duas alunas do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFSC. Também participaram integrantes da rede Comunidades Agroecológicas e uma família residente da cidade. A visita foi acompanhada pelas professoras Camila Isabel Cáceres Penados, Natália de Oliveira de Lima, Rafael da Silva e Rayssa de Souza. 

A recepção começou com uma apresentação cultural realizada pelas crianças da comunidade. Em seguida, o Cacique Sadraque Lopes conduziu um acolhimento, onde  compartilhou a história de luta pela criação da Casa de Passagem e o processo de construção do Mini Museu Indígena – Cultura Viva Goj Ta Sá, que vem sendo desenvolvido coletivamente com lideranças Guarani e Laklãnõ/Xokleng e a equipe técnica do projeto.

Os estudantes também participaram de um mutirão de plantio na roça comunitária, seguido de um piquenique na agrofloresta. Na sequência, vivenciaram práticas de horta e compostagem, entendendo como a gestão de resíduos se conecta aos saberes indígenas de sustentabilidade. O encerramento da visita ocorreu na casa de reza, onde o grupo foi acolhido com uma refeição tradicional preparada pela comunidade.

O roteiro de atividades foi elaborado buscando transcender o conhecimento teórico, conectando vários aprendizados na prática, como expressão artística, formação crítica em relação às questões sociais e políticas indígenas, quebra de estereótipos, gestão de resíduos e educação ambiental.

O ciclo de visitas escolares seguirá até dezembro, com a expectativa de receber turmas de ensino fundamental e médio, aproximando estudantes da história e da cultura indígena no território urbano. A iniciativa busca fomentar o apoio a educadores sobre o ensino da cultura indigena no Brasil, com base nas determinações da Lei nº 11.645/2008, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena em todas as escolas do ensino fundamental e médio, no setor público e privado.

Para integrar os grupos de visitação guiada no Goj Ta Sá, é necessário fazer agendamento pelo email gojtasacentrodeculturaindigena@gmail.com

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