Articulação de coletivos socioambientais da grande Florianópolis
Publicado originalmente no site do coletivo Ecolhar
Infelizmente em face do tempo hostil nós adiamos o evento externo que estava programado para a tarde de hoje, para o próximo sábado, dia 13/09. Contamos com sua presença.
Saudações ecológicas,
Via MAB Região Sul, em seu instagram.
No próximo sábado, 06 de setembro de 2025, completa 02 anos do trágico e criminoso rompimento do reservatório da CASAN nos bairros Monte Cristo e Sapé em Florianópolis.
Passados dois anos, fica o trauma, o susto, mas também permanece o sentimento de luta e reivindicação, afinal as famílias enfrenteram a truculência e a negligência da CASAN também na fase de reparação dos danos causados.
Recentemente a Defensoria Pública do Estado de SC, em conjunto com o Movimento dos Atingidos por Barragens, elaborou um diagnóstico premiliar que demonstrou a insufiência dos valores apresentados pela CASAN, e revelou que os atingidos foram intimidados para fechar acordos injustos com valores rebaixados propostos pela Companhia:
“Ou aceita isto, ou vai pra Justiça” era o que as famílias atingidas que perderam suas casas e pertences ouviam, quando íam na sede da CASAN.
Diante disto, recentemente a DPE ajuizou uma ação coletiva cobrando um direito básico das famílias atingidas que sofrem com rompimentos: a assessoria técnica independente, direito este que consta na Política Nacional dos Atingidos por Barragens (Lei 14.755/2023), fruto de muita luta dos atingidos e das atingidas em todo Brasil. Que garante uma maneira justa e imparcial de quantificar os danos sofridos e assim permite que os atingidos possam possuir provas para cobrar com justeza seus direitos.
Para não deixar passar em branco essa data simbólica que marcou nossa cidade e estado, o MAB convida todas as famílias, parceiros e pessoas que se indignam em situações revoltantes, para se somarem no ato do próximo sábado, 06 de setembro de 2025, a partir das 15h em frente aos escombros da Caixa d’água.
Vamos juntos mostrar que não esquecemos desse rompimento e seguiremos lutando para que nunca mais se repita em nenhuma comunidade!
Assessoria Técnica Independiente Já!!
Publicado originalmente no site do coletivo Ecolhar.
Num momento em que as telas estão cada vez mais individualizadas, se reunir para ver juntas um documentário é ir contra a corrente.
Em uma sexta-feira do dia 04 de julho, quinze pessoas estiveram presentes no Conselho Comunitário do Córrego Grande para assistir ao filme Banco Imobiliário, que narra o cotidiano de pessoas que trabalham com o ramo imobiliário na cidade de São Paulo. A pipoca, que não poderia faltar, foi compartilhada com pinhão e outros quitutes em uma mesa coletiva. O debate que se seguiu a apresentação do filme foi proveitoso, ficando evidente a relação da situação da especulação imobiliária vivida em São Paulo e em Florianópolis. As pessoas moradoras do bairro relataram as situações que viveram ao longo dos anos, com a crescente verticalização, demolição de casas e o apagamento da cultura e da memória da região. Também houve relatos de como esta especulação, que inviabiliza a moradia, está expulsando pessoas da região.
A atividade foi organizada pelo Coletivo Ecolhar em parceria com o SOS Mata Nativa do Córrego Grande, com apoio do Conselho Comunitário do Córrego Grande. Esta foi a atividade inaugural do CineEcolhar, que pretende fomentar debates socioambientais em espaços comunitários de Florianópolis.
