Inauguração do Mini Museu Indígena e Feira Cultural Indígena Goj Ta Sá

Mini Museu Indígena – Cultura Viva Goj Ta Sá será inaugurado em Florianópolis neste sábado (09) com feira e programação cultural  

Inauguração faz parte da programação da feira que acontece neste final de semana

Fonte: Instagram do Território Indígena Goj Ta Sa (@goj_ta_sa) e release de Ecomonja Comunica

Em pleno bairro do Saco dos Limões, o Mini Museu Indígena – Cultura Viva Goj Ta Sá está nascendo — aos poucos, em capítulos. No próximo sábado (09), data que marca a abertura oficial da Semana Municipal dos Povos Indígenas em Florianópolis, acontecerá o lançamento do primeiro de cinco painéis que vão contar a história da presença dos povos indígenas no Brasil e no Sul do país.

O evento é gratuito e será realizado durante a Feira Cultural Indígena Goj Ta Sá, que contará com oficina de grafismo, feira de artesanato indígena, amostras de danças culturais Kaingang, sarau com histórias e cantos ancestraiscomida típica dos povos, roda no fogo e consagração de medicina sagrada (rapé). A programação continua no domingo (10).

Além dos painéis, o evento inclui visitações escolares, produção de material didático digital e formação de lideranças para continuidade da iniciativa. A ideia é consolidar a Casa de Passagem como um ponto de cultura, turismo de base comunitária e resistência indígena em Meimbipe, nome originário da capital catarinense.

Feira da Resistência Indígena e lançamento do primeiro painel do mini museu
Data: dias 09 e 10 de agosto
Horário: Das 9h às 18h
Local: Casa de Passagem Indígena e Ponto de Cultura Goj Ta Sá – Av. Prefeito Waldemar Vieira, 848 – Saco dos Limões, Florianópolis (SC)
Entrada gratuita
Aberto ao público

Sobre o território:
A ocupação do Terminal de Integração do Saco dos Limões (TISAC), em Florianópolis, teve início em 2016, por sugestão da Prefeitura de Florianópolis, quando indígenas Kaingang foram motivados pela busca por segurança após o caso do menino Vitor, em Imbituba. Em 2017, a permanência foi garantida por decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), após solicitação da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), com apoio da Advocacia-Geral da União (AGU). No ano seguinte, a Justiça determinou a construção da Casa de Passagem Indígena em um terreno da União, aguardada pelo grupo desde então.

Agenda de luta – Contra a verticalização, em defesa da nossa qualidade de vida!

Republicando chamado da Amocam e Amorita, no instagram.

Contra a verticalização, em defesa da nossa qualidade de vida!

A revisão do Plano Diretor está permitindo a construção de prédios muito mais altos na nossa região — com até 7 ou 8 andares, mesmo sem rede de esgoto e sem estrutura pra suportar esse crescimento acelerado.

Esses novos empreendimentos não resolvem o problema da moradia. Pelo contrário: a maioria é formada por studios caríssimos, voltados pra aluguel de temporada ou investimento/especulação, e não pra quem precisa de um lugar digno pra viver. Isso contribui diretamente pra expulsar moradores antigos, aumentar os preços e descaracterizar o nosso bairro.

É por isso que estamos construindo coletivamente um movimento em defesa da nossa cidade, da natureza e da qualidade de vida no Sul da Ilha. Participe das próximas ações e ajude a fortalecer essa luta!

🚨 AGENDA DO MOVIMENTO 🚨

📍 REUNIÃO DE ORGANIZAÇÃO
🗓 31/07 (quinta) – ⏰ 19h
📌 Zahara Arabian Food – Av. Pequeno Príncipe, 2676

🖍 OFICINA DE CARTAZES + PANFLETAGEM
🗓 02/08 (sábado) – ⏰ 15h
📌 Rótula do Novo Campeche

✊ GRANDE ATO
🗓 09/08 (sábado) – ⏰ 15h
📌 Concentração: Igreja São Sebastião – Rua da Capela

🌱 Traga sua energia, seu cartaz e seu amor pelo lugar onde vivemos. Vamos juntos dizer NÃO à verticalização que ameaça o meio ambiente, a mobilidade e o direito à cidade!

Chamado para o ato contra o PL da Devastação no dia 02 de agosto

VAMOS PRA RUA, SANTA CATARINA!
ATO PÚBLICO DIA 02/08, a partir das 10h, no Largo da Catedral em Florianópolis.
 #PLdaDevastaçãoNão #VetaTudoLula

O Congresso aprovou o maior retrocesso ambiental desde a redemocratização: o Projeto de Lei 2159/2021, conhecido como PL da Devastação. Esse projeto entrega de bandeja o licenciamento ambiental aos interesses do mercado, do agronegócio, das mineradoras e da especulação imobiliária: permite que empreendedores se autolicenciem por meio da Licença por Adesão e Compromisso (LAC), cria a Licença Ambiental por Equivalência (LAE) para grandes empreendimentos sem critérios técnicos claros, esvazia o papel do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e ignora a necessidade de consulta a Terras Indígenas ainda não homologadas. Se sancionado, o PL abre caminho para mais tragédias como Brumadinho e Mariana, mais desmatamento na Mata Atlântica e mais violações de direitos de povos originários e povos e comunidades tradicionais (como os quilombolas, ribeirinhos e pescadores/as artesanais).

As mudanças na lei pioram os eventos climáticos extremos. Santa Catarina já é um estado muito afetado por fortes chuvas e secas. A gente acompanha todos os anos o desespero da população afetada. E quando as desgraças acontecem, as empresas que liquidaram vidas humanas e não-humanas, apagaram culturas e histórias, devastaram florestas, sítios arqueológicos e poluíram o ar e as águas fazem de tudo para não pagar a conta.

Diversos projetos combatidos pelas comunidades locais teriam saído do papel muito mais rápido com a aprovação deste PL. Sem licenciamento, teríamos mineração de fosfato em Anitápolis, estaleiro da OSX em Biguaçu, Estação de Tratamento de Efluentes despejando esgoto no Rio Tavares e uma enorme marina na beira-mar norte em Florianópolis, além de diversos condomínios para especulação imobiliária em áreas sensíveis, como na restinga em Governador Celso Ramos.

Quem ama a Terra também se dispõe a lutar por ela!

📢 Por isso, no dia 02/08, às 11h no Largo da Catedral em Florianópolis, vamos às ruas exigir que o presidente Lula vete integralmente esse projeto de destruição! A mobilização é nacional e o recado é claro: #VetaTudoLula. Não aceitaremos um modelo de desenvolvimento que privatiza os lucros e socializa os danos. O licenciamento ambiental é uma conquista da sociedade brasileira — e não abriremos mão de defendê-lo.


Material complementar para mobilização

Arte de chamado alternativa:

Panfletos (à esquerda o “Veta, Lula!” e à direita o modelo atemporal:

Lambes, elaborados pela coletiva transfeminista Basuras (@basurassss):