Parque Estadual da Serra do Tabuleiro celebra 50 anos

Publicada originalmente no site do Conecta SC.

O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro celebra 50 anos em 2025, marcando meio século dedicado à preservação ambiental e à valorização da biodiversidade. Criado em 1975, o Parque é a maior unidade de conservação de Santa Catarina e abriga uma das mais ricas diversidades biológicas do Sul do Brasil, além de ser fundamental para o abastecimento de rios e comunidades em várias regiões do estado.

As atividades incluem trilhas guiadas por educadores ambientais, que apresentam a fauna e flora da Mata Atlântica, além de oficinas de fotografia e observação de aves com especialistas. Também estão previstas apresentações culturais e musicais, exposições, rodas de conversa sobre conservação ambiental e pesquisas científicas, bem como feira de produtos regionais e artesanato sustentável, fomentando o turismo responsável e a economia local.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

Sexta-feira – 31 de outubro

Manhã

9h30 – Fortalecendo Parcerias em prol da Conservação do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro: 50 anos de história

9h – Mesa de Abertura com autoridades

11h – Café

Tarde

  • 14h – Apresentação do Programa “Penso Logo Destino” – IMA SC
  • 14h30 – Mesa Aula Viva: ensino, pesquisa e extensão no Parque do Tabuleiro
  • 15h30 – Café
  • 16h – Oficina “Entre rastros e respiros: experimentações e fabulações com a vida em metamorfose”

Sábado – 1º de novembro

Manhã

  • 9h – Oficina de Observação de Aves com os biólogos Guilherme Willrich e Fernando Bruggemann
  • 10h30 – Café
  • 11h – Lançamento dos livros: Tabuleiro: Registros da biodiversidade de um dos maiores patrimônios naturais de Santa Catarina e Parque Estadual da Serra do Tabuleiro e Baixada do Maciambu: natureza, legislação e conflitos

Tarde

  • 13h30 – Leitura da Carta do Parque, documento com princípios para os próximos 50 anos
  • 14h – Contação de História do livro A Viagem de Itajara – Projeto Meros do Brasil
  • 15h – Apresentação Cultural Boi de Mamão do Tabuleiro
  • 16h – Apresentação musical do grupo Choro entre amigos da Baixada do Maciambu
  • 17h – Encerramento e Café Comemorativo

Com informações da Agência de Notícias SECOM/SC

Florianópolis sedia o primeiro Festival Latino-Americano de Cinema Ambiental do Brasil

Publicado originalmente no Conecta.SC

Com sessões em espaços culturais, escolas e cinema a céu aberto, a primeira edição do Festival Latino-Americano de Cinema Ambiental reunirá sessões de produções audiovisuais latino-americanas com temática ambiental.

Entre os dias 28 de outubro e 2 de novembro, Florianópolis receberá a primeira edição do FLACA – Festival Latino-Americano de Cinema Ambiental. Com curadoria voltada exclusivamente à produção socioambiental da América Latina, o festival se destaca como o primeiro do país com esse recorte, reunindo cinema, debate crítico e engajamento comunitário em uma programação inteiramente gratuita.

Durante seis dias, o festival exibirá 10 produções latino-americanas – entre curtas, médias e longas-metragens, de diferentes gêneros – em um total de dez sessões, algumas delas acompanhadas de debates, oficinas e rodas de conversa contando com a presença de cineastas, ativistas e pesquisadores que atuam na temática ambiental.

As exibições acontecerão em quatro locais da cidade: na Bugio Centro, no Centro Integrado de Cultura (CIC), na Escola Municipal Antônio Paschoal Apóstolo e na Cervejaria Skullashu, no bairro Rio Vermelho. A proposta é descentralizar o acesso à cultura, promovendo o diálogo entre o cinema e diferentes territórios da capital catarinense.

A sessão de abertura acontece no dia 28/10 (terça-feira), às 19h, na Bugio Centro, em uma estrutura montada para cinema a céu aberto. O público poderá assistir ao curta colombiano Filhos do Pântano (2022), dirigido por Ismael Egui Saad, que retrata o impacto ambiental no Pântano Zapatosa e a luta das comunidades locais pela restauração do ecossistema. Também será exibido o documentário espanhol-boliviano Don Benjamín (2024), de Iván Zahínos, que acompanha a trajetória de um guarda florestal na proteção da Amazônia boliviana.

No CIC – Centro Integrado de Cultura, serão realizadas quatro sessões noturnas seguidas de conversas com cineastas, ativistas e pesquisadores. Já no bairro Rio Vermelho, a programação contempla quatro sessões infantojuvenis na Escola Municipal Antônio Paschoal Apóstolo e uma exibição ao ar livre na cervejaria Skullashu.

Duas produções catarinenses integram a programação: o longa Pedra Vermelha (2025), dirigido por Ilka Goldschmidt e Casemiro Vitorino, e o curta O ET da Vargem Pequena (2025), de Marko Martinz.

O FLACA é idealizado por uma equipe com sólida experiência em cineclubes e festivais internacionais. A direção geral é assinada por Flavio Veloso – diretor artístico, curador, produtor de cinema e sócio da Pátria Grande Produções – e a produção executiva é de Giulia Valentina, produtora cultural, analista de projetos e assistente social.

A estimativa da organização é de que mais de 850 pessoas participem das ações presenciais. Toda a programação tem classificação livre e pode ser acessada através do perfil oficial do festival no Instagram: @flacafestival.

SERVIÇO
O quê: FLACA – Festival Latino-Americano de Cinema Ambiental

Quando: 28 de outubro a 2 de novembro, em Florianópolis/SC

Onde: Bugio Centro, Centro Integrado de Cultura (CIC), Escola Municipal Antônio Paschoal Apóstolo e Cervejaria Skullashu.

Ingressos: entrada gratuita

Relato do ato pela saúde de nossas baías e em defesa da pesca artesanal: contra a megalo-marina e os emissários de esgoto

Manifestantes seguram faixas e cartazes em frente aos ranchos de pesca

Neste sábado, 25 de outubro, ocorreu a manifestação pela saúde de nossas baías e em defesa da pesca artesanal, contra a Marina na Beira-mar norte, os emissários e qualquer lançamento de esgoto em nossas águas.

Estava prevista uma barqueata por parte dos pescadores e pescadoras, que acabou tendo que ser cancelada devido aos fortes ventos. Com o cancelamento da barqueta, os manifestantes fizeram um ato simbólico em frente aos ranchos de pesca, abaixo da ponte Hercílio Luz, no lado continental.

Faixa esticada abaixo da ponte Hercílio Luz

Faixas e cartazes foram erguidos pelos presentes, com dizeres como “Megalo-Marina Não, Pela Saúde das Baías” e “Não aos Emissários nas Baías: Os esgotamentos das ETEs ameaçam de contaminação nossos territórios de pesca artesanal e maricultura”. Cartazes também denunciavam a falta de saneamento nas praias e a venda da cidade para especulação imobiliária. 

A luta contra os emissários nas baías também foi foco da manifestação
Cartazes lembravam os problemas causados pelo modelo de cidade que está sendo imposto

O ato foi organizado pelo Fórum de Pescadores e Pescadoras Artesanais das Baías Norte e Sul e Associação de Marinheiros e Pescadores Farol de Naufragados em conjunto com coletivos e movimentos socioambientais da cidade. Estiveram presentes ativistas de diferentes movimentos e regiões da cidade, bem como o vereador Bruno Ziliotto e assessoras da vereadora Ingrid Sateré Mawé e do deputado Pedro Uczai.

Reunião no rancho de pesca

Após o ato, pescadores e pescadoras presentes gravaram várias falas denunciando os impactos que a instalação desta marina traria para suas vidas. Foi lembrado o fato de os direitos destas comunidades tradicionais não terem sido respeitados no processo. A necessidade de disputar outro modelo de cidade foi lembrada nas falas. Ativistas de outros movimentos, como o contra a verticalização no sul da ilha, Movimento da Ponta do Coral 100% Pública, do Ecolhar e da Tecendo Redes também chamaram a atenção para a importância da união dos movimentos socioambientais frente aos diversos ataques que tem ocorrido por parte da atual gestão.

Ao final foi evidenciada a necessidade de ampliar a rede em defesa das baías e contra o projeto desta marina, dado que este projeto afetará a cidade toda, e é o “coroamento” de um modelo de cidade elitista e ecocida, imposto de cima para baixo.